Herbário FLOR
  • Publicado em 05/11/2021 às 11:51

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  • Relatório de atividades do Herbário FLOR em 2018

    Publicado em 12/04/2019 às 16:40

    Apesar de seus 55 anos de existência, o Herbário FLOR nunca tinha feito um levantamento anual dos números resultantes das suas atividades, algo que é muito importante tanto para termos uma ideia dos nossos rendimentos e avanços como para termos argumento na busca de recursos e visibilidade. Tivemos essa ideia no final de 2018 e elaboramos o primeiro relatório anual do Herbário FLOR, que vocês poderão visualizar e baixar clicando na imagem abaixo.

    Salientamos que as imagens que compõem o relatório são em maioria de espécimes depositados no Herbário FLOR (observem as legendas), com atenção especial à imagem da capa que é parte da exsicata FLOR nº1. As que não são de amostras do Herbário são fotos cedidas por nossos usuários. Não utilizamos nenhuma imagem comercial ou de internet.

    Mesmo com dificuldades, temos muito a agradecer. Temos evoluído e crescido bastante com a participação inestimável da nossa pequena equipe e especialmente dos nossos queridos bolsistas e voluntários que dão muito suor para manter a coleção em dia.

    Até nós ficamos surpresos com a amplitude dos números de um ano de trabalho. Vejam:

    1. Estrutura e dinâmica:

    1.1. Curadoria (2017-2018) (3)
    • Geral: Mayara Krasinski Caddah
    • Algas: Carlos Frederico Deluqui Gurgel
    • Fungos: Maria Alice Neves
    • Plantas Vasculares: Mayara Krasinski Caddah

    1.2. Equipe técnica (2)
    • Demétrio Gomes Alves: Biólogo
    • Silvia Venturi: Bióloga

    1.3. Bolsistas (6 (4))
    • Daniele Rodrigues Drischel: Bolsista do Projeto de Extensão (junho a dezembro de 2018)
    • Débora Silveira: Bolsista PIBE – fungos (até dezembro de 2018)
    • Edison Alves Machado: Bolsista Apoio Técnico (INCT)
    • José Antônio Schwantes: Bolsista PIBE – plantas (até julho de 2018)
    • Kauana Beppler de Souza: Bolsista do Projeto de Extensão (até maio de 2018)
    • Mariana Machado: Bolsista PIBE – plantas (agosto a dezembro de 2018)

    1.4. Atividades de rotina da Curadoria:
    62.000 amostras em gerenciamento (1500 algas, 9 mil fungos e 52 mil plantas. 536 tipos)
    2530 Exsicatas incluídas (Algas: 136, Fungos: 488, Plantas: 1856, indeterminadas: 50)
    4449 fotografias de exsicatas obtidas e disponibilizadas na internet
    18 pesquisadores visitantes recebidos para estudos na coleção
    • Recepção de Visitantes não pesquisadores: números não registrados

    • Intercâmbio externo: 4105 amostras envolvidas:
    1617 amostras recebidas por empréstimo (48 remessas)
    597 amostras enviadas por empréstimo (20 remessas)
    538 amostras recebidas como doação (24 remessas)
    274 amostras enviadas como doação (19 remessas)
    146 amostras recebidas por devolução (13 remessas)
    933 amostras devolvidas (31 remessas)
    60 Instituições: 49 brasileiras, 11 estrangeiras (intercâmbio internacional restrito em virtude das mudanças pendentes na lei da biodiversidade)

    • Empréstimos internos para estudos de alunos e professores da UFSC:
    1261 amostras

    1.5. Atividades específicas extra rotina com envolvimento da Curadoria:
    • Organização da coleção de Andropogon e Nassella (Poaceae) e coleção do Campo dos Padres por Ana Carla Fabro (ajudante remunerada com recursos pessoais da Professora Ana Zannin), sob supervisão de Ana Zannin.
    • Restauração e manutenção da coleção de micro e macroalgas do Herbário FLOR, por Carlos Eduardo Cardoso (Voluntário, Graduando em Ciências Biológicas), sob supervisão do curador de Algas, Carlos Frederico Deluqui Gurgel.
    • Ordenação geral da coleção de Angiospermas, por Edison Alves Machado (Graduando em Ciências Biológicas, Bolsista INCT), sob supervisão da bióloga do Herbário, Silvia Venturi.
    • Atualização do manual de Digitalização de Exsicatas e elaboração do manual de montagem de exsicatas, por Edison Alves Machado (Graduandoem Ciências Biológicas, Bolsista INCT), sob supervisão da bióloga do Herbário, Silvia Venturi.
    • Inclusão e montagem de exsicatas provenientes de estudospróprios de impacto ambiental, por Guilherme Felitto (Voluntário, Biólogo),sob supervisão de Silvia Venturi.
    • Organização da coleção de Fungos, por Lara Ferst (Graduanda em Ciências Biológicas, Bolsista), sob supervisão da curadora de fungos, Maria Alice Neves e da bióloga do Herbário, Silvia Venturi.

     

    2. Pesquisa e extensão na UFSC envolvendo coleta, incorporação ou estudo de amostras do Herbário:
    62 alunos (28 graduação, 24 mestrado, 10 doutorado)
    3 pós-doutorandos
    18 professores
    1062 amostras depositadas
    31 Projetos de pesquisa e 3 de extensão
    69 Orientações (1 AT, 29 IC, 26 mestrado, 10 doutorado, 3 Pós-doc)
    9 novas espécies e 1 novo gênero descobertos
    35 Publicações

     

    3. Pesquisa de outras instituições envolvendo amostras provenientes (por intercâmbio ou análise local) ou depósito no Herbário FLOR:
    40 pesquisadores envolvidos
    45 Projetos
    5 Publicações (localizadas)

     

    4. Extensão – Atividades desenvolvidas:
    • Reuniões periódicas
    • Produção de material informativo para divulgação nas redes sociais e página do Herbário
    • Recepção a visitantes da comunidade, escolas e grupos
    • Atividades externas – trilhas, gincanas, cursos de campo
    • Produção de material didático para escolas e visitas
    • Exposição na SEPEX
    • Recebimento de amostras provenientes de inventários e empreendimentos externos à UFSC
    • Atividade voluntária
    • Comemoração da amostra FLOR 65000

     

    5. Ensino:
    • Disciplina ministrada para o Curso de Pós-Graduação em Fungos, Algas e Plantas, de 26 de julho a 1 de agosto de 2018
    – FAP410042: Técnicas de uso e manejo de herbário para fungos e plantas
    – Ministrada por Julia Meirelles, Maria Alice Neves e Silvia Venturi
    – 15 alunos


  • O Herbário FLOR na XIX Semana da Bilologia da UFSC

    Publicado em 30/09/2018 às 9:47

    Texto escrito pela bolsista Débora de Andrade

    Nada como uma gostosa atividade de campo para aprender, conhecer a nossa biodiversidade e se divertir ao mesmo tempo

    Há vários anos os alunos e professores do curso de Biologia da UFSC promovem uma série de atividades integrativas para os alunos e comunidade em geral no mês de setembro, na semana acadêmica do curso. As atividades acadêmicas são suspensas durante o período para que todos possam participar e interagir. São diversas palestras, mesas-redondas, mini-cursos e atividades de campo que trazem a todos os envolvidos o conhecimento visto por outros ângulos, levantam temas atuais que envolvem a vida profissional e proporcionam uma ligação ainda mais forte com a profissão e o pensamento crítico, além de proporcionar integração entre os alunos de diferentes fases e professores de uma forma muito mais descontraída.

    Este ano o Herbário FLOR participou da XIX Semana da Biologia UFSC com uma deliciosa atividade envolvendo o conhecimento das famílias botânicas, organizada pela Professora Mayara Caddah, curadora do Herbário, juntamente com os bolsistas Rennan Lopes Chagas, Lara Ferst e Débora de Andrade, alunos de graduação que participam do projeto de extensão do Herbário que tem por objetivo mostrar ao mundo que existem coleções botânicas e que elas são muito importantes em nossas vidas.

    A atividade foi realizada em duas etapas. Primeiramente houve um encontro em sala de aula para que os participantes pudessem conhecer e aprender a identificar características das dez maiores famílias de plantas do Brasil. A segunda foi a etapa prática, realizada no Parque Municipal da Lagoa do Peri, onde os alunos coletaram exemplares de plantas que identificavam visualmente como pertencendo a uma dessas dez famílias. A parte lúdica ficou por conta de um jogo envolvendo poemas curtos, lindos e criativos, escritos pela aluna Kauana Beppler de Souza, representando cada uma dessas famílias (leia-os aqui e teste seus conhecimentos botânicos), sendo que uma pontuação foi simbolicamente atribuída a cada família para estimular a procura e identificação dessas plantas.

    Atividades em campo são capazes de promover maior envolvimento dos alunos com o assunto e maior aprendizado, assim como para nós do herbário é muito enriquecedor trabalhar botânica em campo, colaborando para maior disseminação desses conhecimentos a quem se interessar.

    A turma foi dividida em duplas com a função de encontrar amostras de representantes de cada uma das dez maiores famílias de plantas do Brasil

    A professora e Curadora do Herbário FLOR Mayara Caddah analisando as pontuações das duplas

     


  • Herbário FLOR comemora a exsicata número 65.000

    Publicado em 11/08/2018 às 18:24

    (texto escrito por Mariana M. Freitas, bolsista do Herbário FLOR)

    Técnicos, professores e alunos do Departamento de Botânica da UFSC na comemoração da inclusão do tombo FLOR 65.000

     

    Uma duplicata da exsicata foi montada especialmente, assinada por todos os colaboradores do Herbário e do Departamento de Botânica da UFSC e será transformada em um quadro para a memória do Herbário FLOR

    Inspirados por uma ação observada no Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), comemoramos no dia 7 de agosto de 2018 a inclusão da exsicata 65.000, a amostra de um indivíduo da espécie Eugenia uniflora (pitangueira) que estava no auge de sua floração, localizada na entrada de nosso departamento. A coleta foi realizada pelas curadoras Mayara Kaddah e Maria Alice Neves, juntamente com a bióloga do herbário Silvia Venturi. Essa exsicata é tão especial que será exposta em um quadro dentro da sala de coleção, contendo a assinatura de todas e todos que contribuem de alguma forma com a manutenção e crescimento do FLOR.

    O Herbário FLOR foi criado na década de 1960 pelos Professores Ranulpho José de Souza Sobrinho, Antônio Bresolin e Roberto Miguel Klein. Atualmente o acervo contém exemplares de algas, fungos e plantas, sendo o maior percentual ocupado por exsicatas de plantas.

    Mais do que uma coleção de amostras de indivíduos secos/desidratados, o herbário é uma fonte de conhecimento da biodiversidade de uma determinada região, país ou continente, possibilitando análises nas mais diversas áreas (morfológicas, taxonômicas, evolutivas, biogeográficas, históricas) e contribuindo na avaliação e reconstituição dos ambientes que se encontram em constante modificação, seja pelo impacto antrópico ou por efeito de eventos naturais.

    Nos espécimes da natureza preservados dentro de folhas de cartolina nos armários de aço, no ambiente controlado do Herbário FLOR, imortaliza-se um conhecimento de inestimável valor” – Silvia Venturi

     

    As curadoras e a bióloga do herbário coletando a amostra da planta eleita para representar este momento especial

    As curadoras e a bióloga do Herbário, e a coleta que viria a ser a nossa exsicata número 65.000

    Biólogo Felipe Bittencourt, aluno de Mestrado e colaborador do Herbário FLOR, assinando a exsicata


  • Guia simples de plantas do Parque Ecológico do Córrego Grande

    Publicado em 19/06/2018 às 17:01

    O aluno Fabio Mitsuo Kimura da Universidade Federal de Santa Catarina elaborou um Guia ilustrado para auxiliar o observador leigo a identificar as plantas encontradas no Parque Ecológico do Córrego Grande, em Florianópolis.

    A ideia é ser um guia facilitado de forma que o público leigo consiga identificar as plantas a partir de características fáceis de observar e reconhecer.

    O guia contém 50 espécies, de 34 famílias diferentes, dentre elas, 9 das maiores famílias de plantas do Brasil.

    Clique na imagem abaixo para visualizar e fazer download do guia completo.


  • Cartilha de Atividades – Herbário FLOR

    Publicado em 08/11/2017 às 11:10


  • Visita das Crianças Indígenas ao Herbário FLOR

    Publicado em 08/11/2017 às 11:05

    Por Camila Kinasz

    Na quinta-feira dia 19 de maio o Herbário FLOR recebeu a visita de 6 crianças de idades entre 0 e 10 anos, que foram recepcionados pela Profa. Mayara, pelos bolsistas Artur e Rennan, e por mim, Camila, voluntária nas atividades do Herbário FLOR. Juntos fizemos uma caminhada pelo Horto, área ao ar livre associada ao Depto. De Botânica e ao Herbário FLOR, onde os pequenos puderam observar diferentes tipos de plantas, como epífitas, aquáticas, e alguns cáctos, entre outras. Fizemos também uma coleta de folhas para apreciação de diferentes cheiros, texturas e tamanhos pelas crianças. Após a coleta, realizamos uma atividade de frottage, na qual nossos visitantes utilizaram as folhinhas que eles mesmos coletaram para passar para o papel a forma e relevo das folhas, utilizando giz de cera colorido.

    Durante a experiência, pude acompanhar meus filhos, que estavam no grupo, e percebi que eles aproveitaram muito. Acredito que a parte preferida de todos foram as plantas do lago. As crianças ficaram impressionadas com o tamanho das raízes que estavam abaixo da água, e adoraram o aguapé. Os cáctos também fizeram bastante sucesso! A visita primeiramente foi marcada para um grupo maior de crianças, mas como o dia estava chuvoso, apenas alguns puderam comparecer. Apesar do tempo, o dia foi muito proveitoso para todos.

     

    Fotos: Mayara Caddah.

    Revisão: Mayara Caddah, Emanoele Copini.


  • Emily Dickinson: poetisa … e botânica!

    Publicado em 08/11/2017 às 11:04

    Por Larissa Faustino 

    Sépala, pétala, espinho.
    Na vulgar manhã de Verão –
    Brilho de orvalho – uma abelha ou duas – 
    Brisa saltando nas árvores –
    – E sou uma Rosa!

    Esse poema foi feito por uma mulher americana, nascida em 1886 em uma pequena cidade chamada Amherst no estado de Massachusetts. 
    Foi uma poetisa considerada “avançada” para seu tempo, que viveu por longos vinte e poucos anos “auto-exilada” em sua casa. Não publicou muitas obras por não querer se submeter aos padrões sociais rígidos de discrição e delicadeza que se era exigido de uma mulher, o de se esperar para aquela época.

    Mas há um lado dessa mulher que poucos conhecem, não tão explorado, não tão divulgado, e eu arriscaria dizer, o mais bonito.

    Folhas e flores secas, etiquetas minuciosamente descritas, eis o pequeno herbário de Emily Dickinson, confeccionado aos seus 14 anos.

    Dickinson desenvolveu gosto pela arte da contemplação do mundo natural muito antes de começar a criar seus primeiros poemas, e isso a inspirou muito na criação dos mesmos.

    Como uma pequena criança curiosa e apaixonada pelos encantos da natureza, começou a estudar botânica aos nove anos ajudando sua mãe no jardim, mas foi aos doze anos, em que ela começou a frequentar a escola Mount Holyoke em sua adolescência, que essa paixão “floresceu”.

    Dickinson costumava explorar florestas próximas para coletar novas plantas. Estima-se que ela prensou mais de 400 exemplares em um álbum de couro, arranjando seus espécimes de forma organizada, delicada e artística, rotulando 65 dos quatrocentos com o gênero e as espécies, de acordo com o sistema de classificação de Lineu.

    Embora a coleção original esteja na sala de Emily Dickinson em uma biblioteca de Harvard, o material é tão frágil que os estudantes são proibidos de examiná-los. Para que o material se tornasse disponível a todos, a Harvard University Library digitalizou a coleção em sua totalidade, que pode ser visualizada no link <http://pds.lib.harvard.edu/pds/view/4184689…>

    A seguir, algumas fotos da sua coleção, que como poderão ver, são de se espantar em terem sidos feitas por uma adolescente de apenas 14 anos.

    Fonte das Imagens:

    Dickinson, Emily, 1830-1886. Herbarium, circa 1839-1846. 1 volume (66 pages) in green cloth case; 37 cm. MS Am 1118.11, Houghton Library © President and Fellows of Harvard College. Disponível em http://pds.lib.harvard.edu/pds/view/4184689?n=1&imagesize=1200&jp2Res=.25&printThumbnails=no&oldpds.

    Outras fontes:

    _<https://www.brainpickings.org/…/…/emily-dickinson-herbarium/>
    _<http://www.slate.com/…/emily_dickinson_her_collection_of_bo…>
    _<http://www.lerjorgedesena.letras.ufrj.br/…/10-poemas-de-em…/>
    _<https://www.poets.org/…/victorian-treasure-emily-dickinsons…>
    _<http://www.releituras.com/edickinson_menu.asp>
    _<http://pds.lib.harvard.edu/pds/view/4184689…>


  • A trajetória da escritora e micóloga Helen Beatrix Potter

    Publicado em 08/11/2017 às 11:03

    Por Larissa Faustino 

    Helen Beatrix Potter, impossível conhecer sua história e suas obras sem se apaixonar.

    Potter foi uma escritora de livros infantis muito bem conceituados. Um de seus livros mais famosos foi “The Tale of Peter Rabbit“, feito em versos e ilustrações dotadas de uma delicadeza única com cores suaves e esboços bem típicos de sua época, esgotou antes que a próxima edição comercial fosse impressa. Sucesso total.

    Mas sua trajetória na literatura, apesar de encantadora, não é o objetivo nesse momento: por volta dos vinte e poucos anos, ela desenvolveu um grande interesse pela micologia e começou a produzir desenhos incrivelmente maravilhosos de fungos, coletando espécimes de cogumelos e montando-os para uma observação cuidadosa sob o microscópio.

    Ela acreditava que a arte e a ciência podiam caminhar juntas, e o que mais lhe chamava atenção nos fungos eram suas “qualidades de fadinhas”, que a lembravam muito os contos de fada que escrevia, e a variedade de formas e cores. Com suas observações microscópicas, ela passou a se interessar na forma como os fungos se reproduziam, algo mal compreendido na época. Potter logo começou a realizar seus próprios experimentos a partir da germinação de esporos. Ela estabeleceu suas teorias e descobertas em um artigo intitulado “Sobre a germinação dos esporos de Agaricineae”, acompanhado por ilustrações bem detalhadas.

    No entanto, Beatrix vivia em uma época em que as mulheres não tinham voz, direito de votar e raramente acesso ao ensino superior, e consideradas propriedade de seus maridos. A Sociedade Linneana de Londres era exclusivamente masculina e proibia as mulheres de serem membros, negava-lhes o acesso à biblioteca de pesquisa e nem sequer lhes permitia comparecer as apresentações de artigos científicos, sendo extremamente contra a proposta de Beatrix.

    Um século mais tarde, a Sociedade Linneana emitiu um pedido de desculpas por seu sexismo histórico e, ainda hoje, muitas ilustrações de fungos de Potter são estudadas por sua precisão científica e consultadas por muitos micologistas pelo mundo todo.

    Ela foi uma grande mulher, micóloga, naturalista, ilustradora e uma das mais influentes autoras de histórias infantis de todos os tempos.

     

    Fonte das imagens: http://armitt.com/armitt_website/beatrix-potter/.

    Fontes das informações do texto:
    _<
    https://www.brainpickings.org/…/beatrix-potter-a-life-in-n…/>
    _<
    http://www.estudopratico.com.br/vida-e-obra-de-beatrix-pot…/>
    _<
    http://www.dn.pt/…/contos-completos-de-beatrix-potter-edita…>
    _<
    http://www.dn.pt/…/contos-completos-de-beatrix-potter-edita…>
    _<
    https://livrossempapel.com/…/04/17/colecao-beatrix-potter-2/>
    _<
    http://armitt.com/armitt_website/beatrix-potter/>


  • Coleção de plantas divulgada em catálogo do Departamento de Botânica

    Publicado em 29/04/2015 às 15:44

    (publicado originalmente na página de notícias da UFSC)

    Espécimes vegetais dos mais distantes confins do planeta estão no catálogo da coleção de plantas do Departamento de Botânica da UFSC, organizado pelos professores João de Deus Medeiros e Aldaléa Sprada Tavares. O guia, que começou a ser organizado há dois anos, servirá também de apoio para professores. “Nem todos são especialistas na área de identificação, e o catálogo é uma contribuição de referência que qualquer pessoa vai poder acessar, baixar, imprimir ou divulgar”, explica João de Deus.

    Além de ser utilizada como fonte do catálogo, a coleção também serve para atividades de ensino e projetos de extensão da Universidade, com visitas agendadas. O acervo começou a ser cultivado para auxiliar nas aulas sobre Taxonomia, para identificar corretamente os organismos. “As plantas nativas são encontradas com mais facilidade, mas nós tínhamos uma demanda de material para as aulas práticas, especialmente para aquelas que não ocorrem no Brasil”, diz o professor. Nas disciplinas sobre Taxonomia, os estudantes têm duas aulas teóricas para três práticas – em que coletam o material e fazem análises para determinar o tipo da planta.

    No catálogo, as plantas são apresentadas com foto, nome científico, família e local de origem, citando-se também o autor da descrição.  “A ideia é disponibilizar e deixar aberta ao público informação mais sistematizada. A floração das plantas é variável ao longo do ano, e muitas não estarão floridas no horário das visitas.”

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    Professor João de Deus Medeiros diante de uma Tipuana tipu. Foto: Tamiris Moraes/Estagiária de Fotografia da Agecom/DGC/UFSC

    Os passeios – que  demoram de 30 a 60 minutos, com acompanhamento de um professor ou bolsista – mostram várias espécies e seus aspectos mais singulares. “A gente perde mais tempo quando há o interesse em detalhar as particularidades de algum grupo de plantas”, afirma João de Deus. “A curiosidade maior das crianças é com as plantas aquáticas, venenosas e insetívoras; fazem muitas perguntas”. Entre os adultos, um dos maiores interesses são as plantas medicinais.

    As parasitas, segundo João de Deus, são outro assunto que chama atenção. “Os leigos, às vezes, têm uma noção distorcida e acham que as plantas que vivem sobre as outras são parasitas. Na verdade, as epifíticas são as que usam as outras como suporte, mas não dependem do hospedeiro, como as parasitas, que sugam a seiva do hospedeiro.”

    Um dos pontos de partida do circuito pode ser a Tipuana tipu, árvore frondosa que abriga dezenas de outras variedades. “Nós encontramos facilmente, num pequeno pedaço de um galho, seis ou mais espécies que podem até passar despercebidas, como a menor flor de orquídea, descoberta aqui na UFSC”, revela João de Deus.

    O Departamento de Botânica enfrenta, de acordo com o professor, uma dificuldade com as plantas ornamentais devido à circulação de visitantes nos fins de semana. “O problema é que as pessoas não só gostam das plantas como as levam para casa. São senhoras e casais que vêm sem orientação, acham que não estão fazendo mal.” Com os estudantes da UFSC houve apenas um problema mais grave. “Eles vieram de dia, durante a semana, e começaram a cortar um bambuzal para fazer algum tipo de instalação, achando que fosse uma coisa comum, sem saber que era uma espécie rara da Ásia.” A única forma de manter algumas espécies mais raras em segurança é mantê-las na estufa, com cadeado.

    Agendamento de visitas e mais informações pelo telefone (48) 3721-9802.

    Caetano Machado/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC

     

    Claudio Borrelli/Revisor de Textos da Agecom/DGC/UFSC

    Foto: Tamiris Moraes/Estagiária de Fotografia da Agecom/DGC/UFSC